Somos escravos dos metacapitalistas


Menos de um século de liberdade econômica e política é suficiente para tornar algumas famílias capitalistas tão multimilionárias que já não querem se submeter às veleidades do mercado que as enriqueceu. 

Querem controlá-lo, e os instrumentos para isso são: o domínio do Estado para a implantação das políticas estadistas necessárias para eternizar o oligopólio; o incentivo dos movimentos socialistas e comunistas que invariavelmente favorecem o crescimento do poder estatal; e a arregimentação de um exército de intelectuais que preparem a opinião pública para a lenta perda dos valores morais e éticos. 
Apresentado como um paraíso adornado ao mesmo tempo com a abundância do capitalismo e a “justiça social” do comunismo. 

Nesse novo mundo, a liberdade econômica indispensável ao funcionamento do sistema é preservada na medida necessária para subsidiar a minoração da liberdade nos domínios político, social, moral, educacional, cultural e religioso.

Esses chamados megacapitalistas, donos dos grandes grupos econômicos, transcendem o capital. Já não se apoiam na riqueza enquanto tal, mas no controle do processo político-social. Controle este, por meio do Socialismo Fabiano (sem pressa), já não sofrem as flutuações do mercado. 

É um poder dinástico durável, uma nova aristocracia capaz de atravessar incólumes as variações de mercado e a sucessão das suas gerações (filhos, netos, bisnetos e mais gerações futuras) abrigadas no castelo-forte do Estado e dos organismos internacionais. 
Agora, já não são megacapitalistas, mas metacapitalistas – a classe que transcendeu o capitalismo e o transformou no único socialismo que algum dia existiu ou existirá: o socialismo dos grãos-senhor e dos engenheiros sociais a seu serviço.

Compram tudo o que é bom para agregar mais influência e garantir à hegemonia multi-internacionalizada, já e para os séculos posteriores. Aviso-os: o Brasil está cada vez mais na mão deles.
Somos todos submetidos a esses poderes dinásticos, como vulneráveis escravos em todos os aspectos da nossa vida.

Estamos vivendo um tipo de sociedade baseada na mentira.

Fonte parcial: Jornal da Tarde, 17 de junho de 2004.

Um comentário:

  1. Este texto foi o mais conciso e preciso que já lí a respeito do assunto. Parabéns!!!

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