Há posições de esquerda e de direita, mas o que realmente se discute entre os populistas é a permanência no poder e a aplicação das suas ideologias. Os populistas praticando ou compartilhando entre si as ideologias antinaturais, a primeira coisa que fazem é acabar com as instituições pouco a pouco. Reescrever instituições para poder adequá-las aos desejos de diferentes líderes corruptos que temos na América Latina. O populismo, no entanto, não existe por acaso. Cabe a nós (povo consciente) denunciar as atrocidades que o populismo comete contra as instituições e, também reconhecer o péssimo trabalho dos sistemas governamentais, disseminadores de uma crise absoluta às pessoas e às populações que, no desespero recorrem a esses líderes e esses justificam sua permanência no poder com agrados materiais.
Devemos falar do populismo versus república, por que a república é um sistema de governo que garante a institucionalidade do Estado. Não podemos abrir mão de três direitos fundamentais e irrenunciáveis da pessoa humana, do cidadão: a nossa vida, através da qual podemos exercer nossos projetos, a nossa liberdade, através da qual podemos nos expressar, comercializar, trabalhar, ter uma crença de nossa preferência, poder expressar também nossos ideais políticos e o que esperamos de um governo. E, por último, nossa propriedade privada. A nossa propriedade começa pelo nosso corpo. Pela nossa integridade. Nossa propriedade é o acúmulo desde o dia em que nascemos até o dia em que morremos e de todas as coisas que conseguimos realizar.
Se dermos direitos, de onde vamos tirá-los? E com que recurso vão pagá-los? Porque se isso não for estabelecido, nossos povos, massa de manobra, classe subalterna vão seguir interminavelmente vendo nesses líderes a resposta e a solução para suas vidas.
Jogam com as
paixões, as ilusões e ideais do povo, para prometer o impossível, se
aproveitando da miséria das pessoas, deixando de fora absolutamente toda a
razão e a lógica na tomada de decisões. Algo que nós conhecemos muito bem.
A república
apresenta três institucionalidades: 1- O monarca
na forma de presidente; 2- A aristocracia
na forma de um parlamento; 3- A democracia
veículo e via de comunicação entre o cidadão e as instâncias governamentais. É
por isso que a república anula os vícios de cada uma das três formas de governo
para agrupar os três e formar uma institucionalidade que o populismo hoje está
destruindo.
Conclamamos o povo conhecedor de tal situação combater o populismo através da tecnologia. Por que através da tecnologia? Porque as mudanças que estão surgindo nos nossos países estão surgindo com a tecnologia. Nós também temos que ter paixão pela educação, paixão pela troca de ideias, paixão pelo conhecimento e querer ser pessoas ou indivíduos empoderados. Porque o populismo anula a dignidade das pessoas, mesmo das que sustentam o Estado com seus impostos.
São poucas pessoas
do Brasil, da América Central, os latino-americanos em geral, que veem no
regime chavista as atrocidades e as violações de direitos que estão sendo
cometidas, porque tudo o que veem é: lá tem educação de graça, saúde de graça
etc. Nada é de graça! Tudo é pago com algum dinheiro. Mas um povo que não tem educação de
qualidade, não vai exigir seus direitos políticos num debate com lógica e
razão, com argumentos, e será facilmente manipulado através das paixões.
Utilizar as redes sociais, a tecnologia e a
facilidade de comunicação com apenas um clique, entre todo o continente, onde
compartilhamos uma cultura semelhante e, praticamente dois idiomas muito
próximos.
“O populismo
ama tanto os pobres, que os multiplica” (Florentino Portero Rodríguez - Analista Político da
Espanha).
Baseado no
que disse a Gloria Alvarez, do Movimento Cívico Nacional da Guatemala, na
apresentação sobre os males do populismo no Parlamento Ibero-americano da
Juventude em Zaragoza, na Espanha.
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