Um amor novo, veraz e definitivo


1-   DO NAMORO AO CASAMENTO
Em certa altura da vida você encontra uma pessoa que chama sua atenção, conquista sua simpatia, ganha seu amor e busca sua complementaridade.
É um amor diferente, entre homem e mulher, não é simples amizade, é mais exigente. Isso muda sua maneira de ver as coisas, seu jeito de pensar o futuro.
Pensando bem, nada justifica essa preferência mútua. A única explicação que se pode dar para seu amor é que se amam “porque sim”. Há simpatia, admiração, carinho, atração física, fidelidade, devotamento, etc.

Chegando ao amor conjugal você compartilha com o outro:
• a alegria;
• o crescimento nas virtudes;
• a realização como homem e mulher;
• o abrir-se para o amor paterno, materno e fraterno;
• o perdoar e o pedir perdão;
• o consolo e a fortaleza;
• a luta para vencer o egoísmo, se abrir, ouvir e se compreender;
• a ternura, o carinho e a castidade;
• o ser generoso abnegado e perseverante.

 Humanamente o que se espera do cônjuge é a recordação constante do que se viveu na primeira descoberta do amor, não para tentar repeti-lo, mas para erguer-se a um estágio ainda mais elevado, para vivê-lo agora de maneira muito mais intensa.
Sobrenaturalmente se busca uma conversão sempre para uma caridade maior. mais completa, mais generosa, e também mais encarnada nas manifestações do afeto e da sexualidade.

Homem e mulher, com histórias familiares diferentes e talvez diferentes culturas, com os filhos (muitas vezes parentes), convivência entre diversas gerações e diversidade na maneira de reagir diante de ambiente menos favorável. Todo esse conjunto exige resistência e superação de obstáculos, o que favorece o amadurecimento.

   2- A CONVIVÊNCIA E SEXUALIDADE NO CASAMENTO

Viver a possibilidade de um diálogo sem restrições, na plena confiança de quem se revela por amor recíproco, buscando a promoção do outro, respeitando a liberdade e a individualidade do outro, objetivando sempre, a realização plena de ambos como pessoas humanas. Isto é fazer uma longa viagem de reconhecimento mútuo através da convivência esponsal, para descobrir os inúmeros sinais que pontilham, como aqueles brilhos de cristal na areia da estrada.
O relacionamento sexual tem sentido enquanto linguagem veraz de amor entre homem e mulher. Sexualidade e vida sexual não são apenas realidades biológicas. São encontro e convivência entre os esposos ajudando a entender a si mesmos e abrir uma fresta para poder intuir algo que Deus quis.
• o confronto entre duas sexualidades distintas obriga homem e mulher a se abrir ao diferente e a amá-lo de maneira casta reconhecendo seus limites.
• A vivência da sexualidade não deve se restringir ao relacionamento sexual: deve dar o tom e o colorido a todos os momentos da vida; um tem de ser sempre para o outro homem e mulher, sinal insubstituível de complementaridade.
• A possibilidade de compreensão acima das palavras e dos conceitos.
• É uma forma de perdão e reconciliação mais clara que as palavras.
• Porém, incapaz de satisfazer totalmente, remete para uma realização contínua em busca da felicidade plena um para o outro.


   3- CASAMENTO, PONTE ENTRE O PASSADO E O FUTURO
O casamento não é projeto meramente individual ou do casal, não se destina apenas a satisfazer os anseios de um homem e de uma mulher. Ultrapassa a comunidade e atinge a sociedade. O casal realiza-se ao moldar o futuro, ao gerar ou adotar abre possibilidade de existência a uma infinidade de pessoas. Plasma o futuro, educando os filhos, transmitindo-lhes valores éticos e morais.
O casal é testemunha do passado, recebe, guarda e passa adiante sua história familiar, com seus pontos altos e baixos; tem a “responsabilidade familiar” para com a família presente e os antepassados.
O amor no tempo e na carne aponta para a eternidade. Só em Deus o casamento e a vida familiar ganham seu pleno sentido. Casamento, não até que a morte os separe, mas casamento por amor e no amor que nem a morte, nem as grandes águas podem apagar (baseado no Cântico dos Cânticos 8,6-7). O amor conjugal é parábola e prenúncio nupcial da plena realização das bodas do Cordeiro com sua Igreja (baseado no Apocalipse 19,7).


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