Sexo: união em busca da felicidade

Casamento eterno

O desejo que se sente pelo sexo oposto deve refletir a busca pela verdadeira felicidade, mas é crescente a onda de ideias e práticas que, em sua essência, destroem a família, o casamento, a mulher, o homem, a educação, a dignidade humana e até mesmo a busca da eternidade.

“No princípio não foi assim” (Mt 19,8b). No princípio o relacionamento entre homem e mulher não era desordenado e que, no ser homem e no ser mulher existia uma harmonia, um “eco” divino, como raiz de toda experiência humana que o corpo expressa. Porém, não em si mesmo e sim, em relação à eternidade... Homem e mulher estão “sozinhos” no mundo, pois são diferentes dos animais (solidão originária); mas ambos são chamados a viver uma aliança. Não consiste apenas na união de dois corpos (como no caso de animais); é uma expressão que corresponde à comunhão de pessoas no amor. Pela observação direta do corpo de um homem já se pode notar o quanto é incompleto e o modo pelo qual é justamente o corpo da mulher que o completa. A sexualidade não é qualquer coisa de puramente biológico, mas refere-se antes ao núcleo íntimo da pessoa.
Nos últimos quatro séculos houve grande depreciação dos valores, principalmente na área da sexualidade, a atração mútua se transformou em relações de dominação, de cobiça, de malícia e de banalização, gerando divisão, desrespeito e morte. A relação sexual deve ser de "iguais", não deve haver um dominador, um dominado ou, “usar” um ao outro para fins diversos. Foi por causa da "dureza dos vossos corações" (Mt 19,8a e Mc 10,5).

O casamento é “lugar” legítimo de os cônjuges apreciarem a sexualidade dignamente.

Um casamento envolve outros aspectos além do sexo, como companheirismo, apoio mútuo, amizade, projetos em comum, sentir-se bem na companhia do consorte, confiança, estímulo profissional e pessoal entre eles, harmonia familiar, admiração e respeito, entre outras coisas. Depois de tudo o que a vida oferece, o prazer do sexo é um clímax especial, que vale a pena como ponto culminante.
Porém, permanece uma espécie de vácuo no íntimo de cada ser, após sucessivas e diversas experiências vividas, mesmo dentro de um casamento e família bem estruturada, como que, a inexistência de algo desconhecido que não completa a felicidade sonhada.
Pois, na vivência do casamento há uma “solidão originária” no homem e na mulher, uma marca que está em seu ser. Não passará porque não existe mulher que possa saciar o seu coração, da mesma forma que não existe homem que possa saciar o coração dela. Isso ocorre porque esta solidão do homem e da mulher aponta para Deus.


Somos para a eternidade!

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