O fim da antiguidade historicamente estimado com a queda do Império Romano, ruina da sua civilização ocidental, em 476 d.C. Marcado com a tomada de Roma pelos hérulos (tribo germânica originária do sul da Escandinávia). Também devido ao declínio gradual nos três séculos anteriores. Com o enfraquecimento econômico e do poderio militar facilitou enormemente as invasões dos bárbaros.
Este evento tornou possível o desenvolvimento da cultura germano-romana; o nascimento de diversos estados e nacionalidades deu novo impulso à influência da Igreja cristã e levou à criação dos fundamentos do poder dos Pontífices. Baseado na consulta de documentos históricos sem interesses ideológicos esta mesma história corrobora com as luzes que existiram na dita Idade das Trevas.
Aqui é demonstrado como a conversão dos bárbaros foi essencial para a transmissão do conhecimento e da cultura erudita romana. Essa constatação por si só seria suficiente para demonstrar que a Igreja Católica não é obscurantista, mas quer proceder a uma releitura dessas culturas a partir da ótica de sua doutrina. As ordens monásticas nesse trabalho de manutenção da cultura foram importantíssimas, lembrando que a máxima de São Bento de Núrcia, “Ora et labora” (Trabalha e reza) pede que o monge exerça atividades intelectuais e manuais no mosteiro. Os monges, nesse ponto, foram originais criando técnicas agrícolas e metalúrgicas que somente seriam superadas a partir da Revolução Industrial inglesa (Séc. XVIII). Thomas E. Woods Jr afirma a importância da Igreja Católica na criação das universidades medievais a partir das abadias e escolas catedrais, invenção genuinamente medieval e que hoje marca a difusão da cultura em todas as partes. Livro: Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental. São Paulo, Quadrante. 2008.
Continua...
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