Cure a família e sara a sociedade

Família e sociedade sadias

O Casamento é a união indissolúvel de dois espíritos, de dois corações, de duas vontades, de dois caracteres, de dois corpos e de duas almas, uma fusão de duas existências numa só, sustentando-se e ajudando-se mutuamente, tanto nos deveres como nos prazeres, tanto nas alegrias como nas dores: sacrificando um ao outro a paciência, e dedicação de todos os dias, na liberdade de um amor puro, fiel, inviolável; ambos encontrando o sentimento da mesma natureza, e amando-se com toda firmeza e com toda a força do seu ser e da sua vida: eis o verdadeiro matrimônio realizado de todo o coração que se sustentará, não há outro. É preciso que haja harmonia entre as naturezas, as inteligências, as ideias, os gostos, os caracteres, temperamentos, espiritualidade mutua; e o que acontecerá de tantos casamentos, onde não se faz muito caso de tudo isto?

Os poetas, os romancistas, os filósofos, os escritores, os guias da opinião zombam da virtude, glorificam o adultério, disseminam a paixão, coisificam a mulher, afastam a abnegação. Minam pela base, o edifício religioso do matrimônio cristão. Proclamam a lei do divórcio, à espera, sem dúvida, da poligamia e da união livre. Esta é uma decadência, sensível à animalidade, chama-se um progresso! Ah! Não, é um mal horrível do qual a família está morrendo. Invadiu as classes populares; multiplica-se de uma maneira assustadora.
Nada sobre a terra é mais nobre que a paternidade e a maternidade humanas, este poder de dar a vida, a nobre autoridade dos pais sobre os filhos. Após o dever de dar a vida, vem o dever de engrandecê-la, o dever da educação, educar, “educere”, significa elevar o homem, arrancá-lo das trevas, das servidões, das incapacidades, das humilhações, das paixões de sua natureza.

Os pais e mães já não se preocupam em educar os filhos. Logo que as crianças nascem pagam alguém desvinculado da família para cuidá-los, ou confiam a criados que, na maior parte dos casos, as corrompem e depravam; assim podem “se verem livres” deles. Quando maiores as colocam em colégios, ou os abandonam sem fiscalização a professores; e continuam a vida egoísta de festas e prazeres.
É necessário conhecer os filhos como eles são. É obra de força, requer firmeza, e é mais difícil querer do que saber. Quem não tem querer, não sabe mandar nem proibir, nem, o que é capital, obrigar as crianças a quererem. Não lhes pode fazer física e moralmente todas as suas vontades. Ao contrário é educar mal.
Educar com firmeza, sendo esta justa e paciente; é preciso saber esperar e não querer fazer tudo de uma vez. Juntá-la com a bondade, para que as crianças os amem. Sem ela, a firmeza seria odiosa e repelida ou uma escravidão.

É preciso fazer-se amar e retribui-las com a bondade paternal e maternal e, entre o pai e a mãe é necessário que haja uma concordância mutua. Isto é muito raro. Os pais se censuram, se contradizem e brigam diante dos filhos. Que pai e mãe se amem e mostrem este amor aos filhos.

Família: estrutura social primeira da existência!

Texto baseado no livro: O marido, o pai, o apóstolo – Padre de Gibergues. 

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