A síndrome da pressa e a compra por impulso - II

comprar de forma compulsiva

Comprar, comprar e comprar... Muita gente compra para obter status, por necessidade, ou até mesmo por modismo, mas há quem compre pelo simples prazer que esse ato proporciona. Essas pessoas são os chamados consumidores compulsivos e formam 3% da população brasileira. Comprar sem parar, gastar mais do que ganha e ver a vida financeira no fundo do poço pode não ser apenas um problema de desequilíbrio financeiro. Comprar demais pode ser uma doença: a oniomania (mania de comprar), um dos transtornos do impulso, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria. Certamente o problema da maioria das pessoas que compra sem considerar a necessidade, não se enquadra nesse diagnóstico.

O impulso é um forte estímulo ocorrido internamente que acaba em uma ação. Na maior parte dos casos, a impulsividade está ligada à satisfação de um desejo gerado instantaneamente. Geralmente, quem realiza um ato por impulso busca uma “gratificação” emocional: alterações de humor, satisfação e prazer.  

Segundo Regina Blessa, "merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto de venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores".  Pensando em uma forma de complementá-lo, desenvolveu-se um estudo conhecido como neuromarketing, um campo novo do marketing, que estuda a essência do comportamento do consumidor. É a união do marketing com a ciência, considera-se uma chave para o entendimento da lógica de consumo, que visa entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas, através do estudo das reações neurológicas a determinados estímulos externos. A relação entre a razão e emoção, que podem resultar na compra impulsiva. Ativação dos sentidos, como: visão, toque, paladar e olfato.

Consumir é algo estimulado e bem aceito pela nossa sociedade.  Como vimos, somos todos bombardeados e estimulados a comprar. Desta forma, associa-se o consumidor impulsivo ao não planejamento prévio, ou seja, os consumidores acabam sendo divididos em dois grupos, onde o primeiro é do tipo indeciso, que acaba por definir suas compras dentro do ambiente da loja, que possui inúmeras incidências influenciadoras de compra, girando em torno de marcas e produtos. O outro grupo tem sua impulsividade diretamente relacionada a fatores emocionais. Em meio a esta situação, aponta-se que os consumidores em mais de 35% dos casos, acabam comprando mais itens do que planejavam e mais de 15% acabam por se arrepender de algumas aquisições realizadas, atribuindo esse sentimento as compras realizadas pela impulsividade.
Sabe-se que pouco mais que 35% das pessoas nunca prepararam qualquer tipo de lista de compras prévia, o que dificulta a não impulsividade, pois se observa que, a forma mais eficaz de evitar esse ato é a realização de uma lista de compras detalhada.

Os jovens são mais propensos a realizar compras por impulso e a experimentar novos produtos.
Os consumidores são muitas vezes, influenciados pela urgência de obter determinado item, cujas influências estão nas redes sociais, nas grandes mídias e nas próprias lojas quase que obrigando uma decisão.

Juntando a pressa e a impulsividade emocional de comprar fica difícil voltar pra casa sem uma ou mais sacolas de compra!

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