Modernismo e cultura não combinam

Qualidade relevante de vida

O brasileiro precisa analisar melhor o que anda consumindo, precisa escolher melhor o seu tipo de lazer. Há que saber escolher o que ver na TV, há que se ler um bom livro, de vez em quando, estudar mais, fazer cursos para se encaixar melhor no mercado de trabalho e melhorar a renda, se é que isso interessa. Precisamos gerenciar melhor o nosso tempo.

Bons tempos aqueles em que as músicas possuíam conteúdo, mensagens, poesia e rebeldia com justa causa. Musicas ridículas como "Rebolation","Créu" e aquelas que mencionam a mulher como se fosse mercadoria, são um pequeno exemplo do patético momento em que passa a música brasileira.
É só prestar atenção nas letras das músicas que estão fazendo sucesso ultimamente, a gente vê a que nível chegou a falta de moral e ética sem falar da cultura, pois, se essas porcarias fazem sucesso é porque há quem ouve e juntamente com o treino da sua própria capacidade de discernimento. Uma escola de imbecilizar a pessoas. (Sabe-se que quanto mais o cérebro é exposto à determinada “arte”, mais a pessoa é atraída por tal “arte”, seja qual for!)

A partir do momento em que a maior parte dos mercados da música, literatura, TV e cinema ficaram nas mãos de multimilionários, esses produtos passaram a ser enfatizados em dois aspectos principais, considerados por eles, marketing e lucratividade.

O Big Brother Brasil (BBB), outro exemplo, é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Realmente, uma boa parte do povo brasileiro se revela subdesenvolvido, praticamente sem cultura nenhuma, ao absorver um programa de tão baixa qualidade; um programa que está levando à definitiva morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Quase toda a educação procura silenciar uma voz tímida e persistente dentro de nós: quase todas as filosofias dos nossos tempos foram elaboradas para convencer-nos de que o bem do homem encontra-se nesta terra. Contudo, é curioso como certas filosofias de progresso ou evolução criativa acabem por atestar, relutantemente, que o nosso verdadeiro alvo esteja em outro lugar.
Com isso, criou-se a indústria da cultura (que só pelo nome já é algo assustador), promovendo padrões de comportamento baseado nessas filosofias modernistas em plena práxis.
Enquanto os antigos nos dizem uma verdade, os best-sellers, como os que eu li, nos ensinam o auto-engano, e pior ainda, sem nos dizer que aquilo é algo aceito como verdadeiro numa vez e tida como falso noutra.

Acredito que a cultura tem o poder de valorizar e unir as pessoas, seja de etnias, ideologias e crenças diferentes, assim como tem o poder também de expressão, de dizer que este mundo em que vivemos não está tão certo assim como “passa na TV”. De mostrar uma realidade que muitas vezes não passa na novela, de lembrar o ser humano que existe muito mais do que apenas bens materiais nesse mundo e, sobretudo, de mostrar que o amor pode prevalecer sobre esse mundo cinza e sem vida em que a maioria vive!

São tantas as incongruências da modernidade. Os jargões e a expressões feitas. “Contenham esse avanço... Façam qualquer coisa, por menor que seja... Mantenham aberta ainda que seja uma só porta dentre cem, pois conquanto que tenhamos pelo menos uma porta aberta, não estaremos numa prisão.” (G.K.Chesterton)

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